O combate entre carne e Espirito.



Pr. Cacildo Melo


1 - Além disto, eu, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde, mas ausente, ousado para convosco; 2 - Rogo-vos, pois, que, quando estiver presente, não me veja obrigado a usar com confiança da ousadia que espero ter com alguns, que nos julgam, como se andássemos segundo a carne. 3 - Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. 4 - Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das muralhas; 5 - Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o pensamento à obediência de Cristo; 6 - E estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência. 7 - Olhais para as coisas segundo a aparência? Se alguém confia de si mesmo que é de Cristo, pense outra vez isto consigo, que, assim como ele é de Cristo, também nós de Cristo somos (II Co 10. 1 – 7)

Os cristãos de Corinto eram um grupo obstinado. Mesmo sendo nascidos de novo, muitas vezes agiam de maneira carnal, pois tinham uma mente voltada para o secular. Podendo até afirmar que eles estavam sendo comprimidos nos “moldes” do sistema do mundo.

E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus (Rm 12. 2)

            Em algumas ocasiões poderíamos até pensar que não eram da família de Deus. Eles brigavam uns com os outros; criticavam Paulo, competiam entre si na igreja, e fechavam os olhos para pecados de grosseira imoralidade praticados por gente do grupo. Era uma tremenda confusão.

            Neste trecho da Palavra de Deus observamos várias maneiras pelas quais eles revelam ter uma mente que era conduzida pela carne.

a)    Eram preconceituosos em vez de objetivos;
b)    Atentavam mais para o que era visível do que para o era invisível;
c)    Confiavam mais na força humana, do que no poder divino;
d)    Davam mais ouvidos a homens, em vez de escutarem a Deus;
e)    Percebiam as coisas apenas superficialmente, e não em profundidade.

A atuação humana sob o domínio da carne, vive de forma superficial com Deus. Faz julgamentos superficiais, pensa sem profundidade, mostra-se fechado e independente de Deus, impressiona com a capacidade humana, não entendo a supremacia do Senhor.

Quando deixamo-nos conduzir pelos moldes do mundo, ele ditará as regras, o caminho a ser seguido, segundo a vontade dele. Caminhos para a morte: Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte (Pv. 14. 11).

A nossa mente às vezes está captando mais os ruídos do mundo, do que a voz de Deus. A passagem de Coríntios 10, mostra nitidamente as barreiras pelas quais bloqueiam as instruções e a Palavra do Senhor. E com isso, somos direcionados para caminhos que supostamente são certos, quanto que, verdadeiramente leva-nos ao abatedouro.

Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis (Gl 5. 17)

Paulo nos versículos 4 e cinco menciona quatro itens, que demonstram a luta da carne contra o Espírito.

a)    Muralha (fortalezas)

Quando o Espirito de Deus tenta comunicar suas verdades para nós (um exemplo, a instrução sobre o servir), esta vontade divina dá de encontro com uma muralha. Nossa atitude, ou, nossa estrutura mental.

Para algumas pessoas, isso é o resultado de uma mente pré-formada. Para outros, é uma mente limitada ou mentalidade negativa. Seja o que for, constitui enorme barreira, que resiste à entrada da influência divina, com a mesma firmeza com que as muralhas de pedra da antiguidade resistem a uma tropa invasora.

b)   Os conselhos (sofismas)

Em conformidade com as fortalezas que estão em forma de muralhas, temos também certos raciocínios naturais, humanistas, que aumentam ainda mais o poderio da muralha. São mecanismos de defesa, racionalizações e outros padrões de pensamento que nos são habituais.

pois mostram que as exigências da lei estão gravadas em seus corações. Disso dão testemunho também a consciência e os pensamentos deles, ora acusando-os, ora defendendo-os (Rm 2. 15)

Quando Deus introduz sua verdade em nossa mente, para assim renová-la, nosso reflexo mental em primeira instância o rejeita. Essa é a razão por que muitas vezes quando uma verdade bíblica penetra numa mente que foi durante anos murada e protegida por um modo único de pensar, voltado para o secular, trava-se uma verdadeira batalha. Nossa mente tem a tendência de resguardar o modo de pensar antigo, em vez de considerar e aceitar o novo.

c)    Altivez (orgulho)

Além das muralhas e os conselhos temos também a altivez que é outra forma da carne conspirar contra a vontade de Deus. Reforçando o nosso sistema de defesa doentio.

Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura: "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes (Tg 4. 6)

Como fica o orgulho? Todas as coisas que ele traz consigo mesmo: argumentação, espírito indócil, teimosia e a recusa em modificar-se. Não abro mão do “meu” conhecimento, “eu penso assim”. É o que mais ouvimos de pessoas que não abrem mão da sua razão. Devemos estar sempre preparados para aprendera mais do Senhor.


d)   Pensamento (guerra)

Outra coisa é o pensamento, a resistência mental, atribuída aos raciocínios humanistas que a fortalecem e das reações altivas, orgulhosas, que mantém a distância das verdades da Palavra de Deus. Temos pensamentos, técnicas mentais, artifícios que empregamos para afastar a mensagem e a voz do Senhor.

Quando Jesus realmente tem o controle de nossa mente, e nós lhe submetemos todos os pensamentos, tornamo-nos espiritualmente imbatíveis. Operamos com um poder sobre natural. Passando a andar sob o controle de Deus.

Quando sujeitamos a nova mentalidade proposta por Deus, quando isso torna-se concreto em nossa nova vida, a renovação da mente estará em plena operação com o Senhor, sendo isso maravilhoso. Aí então não é mais motivo de irritação para nós, nem um elemento a ser temido. Ela já opera livremente em nós.


            A vontade de Deus é que tenhamos comunhão plena com Ele. Isso é possível se eu render-me totalmente a sua vontade. Sendo que a vontade Dele é que venhamos a ...experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus ( Rm 12. 2), através da renovação de nossa mente através do Espírito Santo de Deus.
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