Pr. Cacildo Melo
Todavia o fundamento de Deus
fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e
qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade. Ora, numa
grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e
de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De
sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado
e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra (II Tm 2. 19 –
21)
O vaso dito por Paulo é uma metáfora. Ele
utiliza tal instrumento para conduzir os irmãos ao conhecimento do perfil dos
homens existentes na terra. Contexto válido para os dias de hoje. Segundo o
apóstolo, no mundo há dois tipos específicos de vasos. Estes vasos são atribuídos
às pessoas que existem hoje na face da terra. A criação humana de Deus está dividida
em dois grupos, pelos quais na esfera espiritual, são bem distintos um do
outro.
VASO DESONRA
O vaso de desonra está atribuído às pessoas
que não tem Jesus como Senhor e salvador. Estando com isso, destinados a
sofrerem a penalidade da ira de Deus. Ira pela qual, é a separação total da
criação e Criador no juízo vindouro.
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça,
e todas estas coisas vos serão acrescentadas (Mt 6. 33).
Quem buscar encontrará. Deus
não rejeitará todos os que o invocarem. Aos que renderem-se ao Senhorio de
Jesus Cristo. O Reino e a Justiça de Deus está acessível aos que o buscam. É um
direito assegurado a todos que buscam. No direito, á um princípio que diz: O
direito não socorre aos que dormem”. Quem não o busca para a defesa de seus
interesses, não serão amparados, ressarcidos, ou, justiçados perante a lei
vigente em nosso pais. O direito existe, mas, tem que ter iniciativa pessoal
para gozar dos seus atributos.
Na vida espiritual é a mesma
coisa. Todos devem almejarem a viverem uma vida de santidade em Deus. Ser
separado para uma tarefa nobre para o Senhor. Os que não tem o ânimo de
aceitarem Jesus aqui na terra, não serão aceitos pelo Pai nos céus: Mas
qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai,
que está nos céus (Mt 10. 33). Por mais que Deus é amor, a
reciprocidade deve fazer parte desse relacionamento. Sendo praticado por ambas as
partes “Deus nos ama, e, nós o amamos”.
A ira de Deus está destinada
aos vasos de desonra: Porque é vindo o grande dia da sua ira; e
quem poderá subsistir (Ap. 6. 17). A concretização deste fato dará com
o retorno do Mestre. Deus não se alegra com a perdição do homem, pelo
contrário, quer salvá-lo desse futuro destinados aos vasos de desonra. Todos
quantos que aceitarem Jesus como o Cristo de Deus não sofrerá a pena alguma:
E todas as nações serão
reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta
dos bodes as ovelhas;
E porá as
ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
Então
dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí
por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
(Mt 25. 32 – 34)
VASO DE HONRA
As pessoas que enquadram-se
neste perfil são os que mudaram em vida, o rumo de seu Caminho para o futuro: Mas,
a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus,
aos que crêem no seu nome (Jo 1. 12). A vida espiritual, vai além da
natural. A vida natural é passageira, frágil, corruptível e dissipará com o
tempo. Entretanto, a vida espiritual é eterna. A vida eterna com Deus!
Os filhos de Deus, são os
vasos de honra. Os vasos que foram santificados pelo sangue de Jesus. Vasos que
outrora eram de desonra, sendo lavados, purificados para terem uma nova
finalidade em sua vida. Todos os seres humanos nascem na condição de vasos de
desonra. À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo
Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de
nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso (I Co 1. 2).
A humanidade não deve
questionar os propósitos de Deus para a criação. Em romanos 9. 20 – 22, o
apóstolo Paulo indaga que a soberania do Senhor deve ser compreendida e
aceitável. Inclusive, usa outra metáfora em que Deus é o oleiro, e nós, a
humanidade somos os vasos:
Mas, ó homem, quem és tu,
que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que
me fizeste assim?
Ou não
tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para
honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a
sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da
ira, preparados para a perdição (Rm 9. 20 – 22).
Com esta afirmativa
apostólica, observamos que o
oleiro é Deus. Os vasos somos nós. Inclusive todos os vasos são feitos da mesma
massa, na forma natural somos todos descendentes de Adão, feitos do mesmo barro,
todos vasos de desonra, preparados para a perdição. Todos que nascem e
permanecem em Adão, estão em condição de perdição.
Em contra partida, todos os vasos, tem uma
segunda oportunidade para mudar a sua condição. Uma vez que, deixando-se ser
santificados, limpos para o uso ideal determinado por Deus: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna (Jo 3. 16). Neste trecho da
Palavra temos a certeza de que podemos sair da condição de vaso de desonra,
para vaso de honra.
Deus propagou a possibilidade
de um novo status na vida da humanidade. Status este, de filhos seus, não mais
pertencentes ao perfil de desonra. A qualidade de vasos de honra, pertencem
somente aos que tem Cristo como Senhor e Salvador.
0 comentários :
Postar um comentário