Pr. Cacildo Melo
Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como
príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste (Gn 32. 28)
Jacó era o terceiro da era
patriarcal. Filho de Isaque e Rebeca, neto de Abraão e Sara. Ele vinha de uma
sucessão de peso. O nascimento de Jacó não foi de uma forma natural. Desde a
concepção que seria através de interversão divina direta e absoluta da parte do
Criador.
Isaque, fruto de milagre
também, através da vontade expressiva de Deus na vida de Abraão e Sara. Onde
ambos estavam em ditosa velhice, sendo que, Sara não tinha mais a capacidade de
gerar um filho em seu ventre, a não ser por milagre: Abraão
e Sara já eram velhos, de idade bem avançada, e Sara já tinha passado da idade
de ter filhos (Gn 18. 11).
Para Sara e Abraão, era
incoerente terem um filho sendo idosos. Mas o Senhor lhes garantiu: Então
disse o Senhor: "Voltarei a você na primavera, e Sara, sua mulher, terá um
filho". Sara escutava à entrada da tenda, atrás dele (Gn 18. 10). A
promessa, quanto ao filho desejado por Abraão é providencia de Deus para com o
casal. Não haveria outra forma de tal concretização.
Isaque também passa pela
mesma prova de fogo. O patriarcado é forjado em fé. Sara idosa, não tinha mais
a estrutura física para gestar uma criança. Rebeca, a mãe de Jacó, era estéril: Isaque orou ao Senhor em favor de sua mulher, porque era
estéril. O SENHOR respondeu à sua oração, e Rebeca, sua mulher, engravidou (Gn
25. 21). Para quem era estéril, o milagre de Deus no ventre de
Rebeca foi em dobro: Os meninos se empurravam dentro dela, pelo
que disse: "Por que está me acontecendo isso? " Foi então consultar o
Senhor (Gn 25. 22).
Rebeca assusta com o que
estava acontecendo dentro de seu ventre. Ao consultar o Senhor recebe a notícia
de que ira ser mãe de dois meninos. Cujo, cada um daria a origem de duas nações
distintas: Disse-lhe o Senhor: "Duas nações estão em seu ventre, já desde as
suas entranhas dois povos se separarão; um deles será mais forte que o outro,
mas o mais velho servirá ao mais novo (Gn 25. 22). Deus revelou todo o
futuro dos filhos de Rebeca. Onde seria quebrada uma questão cultural sobre a
primogenitura. Pelo qual o mais novo deveria servir ao mais velho. Deus
ultrapassa a cultura hebreia dando a continuidade no patriarcado através de
Jacó.
Jacó era um homem destemido.
Não haveria limites para conquistar o que tinha determinado em seu coração.
Nasceu agarrado ao calcanhar de seu irmão: Depois saiu seu irmão, com a mão agarrada no
calcanhar de Esaú; pelo que lhe deram o nome de Jacó. Tinha Isaque sessenta
anos de idade quando Rebeca os deu à luz (Gn 25. 26). Jacó gostava de
lutar. Tanto que desde o ventre da sua mãe já lutava com o seu irmão. Tinha uma
personalidade forte, e dominante. Esse era o perfil traçado para a sua vida.
Não mediu esforços em
trabalhar quatorze anos para ter definitivamente o amor de sua amada: Jacó deitou-se também com Raquel, que era a sua preferida. E
trabalhou para Labão outros sete anos (Gn 29. 30). Jacó amava Raquel, isso
sempre ficou muito claro em seu coração e também transparente diante de Labão: Como
Jacó gostava muito de Raquel, disse: Trabalharei sete anos em troca de Raquel,
sua filha mais nova (Gn 29. 18). O amor a Raquel simplesmente
impulsionou Jacó à lutar pelo que havia planejado para si. Jacó era um exímio
lutador desde o ventre da mãe, não seria agora que ele deixaria de conquistar o
que havia proposto em seu coração.
Raquel era estéril, e mais
uma vez o patriarcado é provado em fogo. Deus concebe a Raquel um filho: Então Deus lembrou-se de
Raquel. Deus ouviu o seu clamor e a tornou fértil. Ela engravidou, e deu
à luz um filho e disse: "Deus tirou de mim a minha humilhação (Gn 30. 22,
23). Raquel estava deprimida por não ter filhos, mas, Deus entra com sua providência e traz alegria ao coração dela. O Senhor proveu um filho a
Raquel, pelo qual o futuro já estava traçado: Deu-lhe o nome de José e
disse: Que o Senhor me acrescente ainda outro filho (Gn 30. 24)
Benjamim também é filho
legítimo de Raquel, gerado em seu ventre:
Eles partiram de Betel, e quando ainda estavam a certa
distância de Efrata, Raquel começou a dar à luz com grande dificuldade. E,
enquanto padecia muito, tentando dar à luz, a parteira lhe disse: "Não
tenha medo, pois você ainda terá outro menino". Já ao ponto de
sair-lhe a vida, quando estava morrendo, deu ao filho o nome de Benoni. Mas o
pai deu-lhe o nome de Benjamim (Gn 35. 16 – 18).
O parto de
Benjamim foi complicado, Raquel morreu por conta do seu
nascimento, sendo que, antes de morrer ela colocou o nome dele de Benoni, cujo
o significado é: filho da minha dor.
Mais uma vez observamos Jacó diante de uma
situação que lhe pediria uma resposta rápida e acertada. Diante da morte da esposa
e nascimento do filho, Jacó só podia fazer duas coisas: ou enxergaria o menino
como sinônimo de desgraça, tristeza e dor, ou, se levantaria para mudar a
história daquela criança. Jacó não pensa duas vezes, e enxerga algo de bom. Com
isso, ergue-se e muda a história ao trocar o nome do filho, de Benoni para
Benjamim que significa filho da felicidade. Da dor, brotou a felicidade
no coração de Jacó. Com certeza a perda da mulher amada gerou um sentimento de tristeza muito grande no coração, porém, mais uma vez ele não desanima em
lutar.
A luta faz parte da vida de toda a criação. Fauna
e flora lutam para viverem, encarando as diversidades da vida. Quem está vivo
deve encarar as lutas constantes que somos confrontados diariamente.
Uma das lutas mais bonitas de Jacó, que iria
mudar totalmente o seu futuro seria a luta com Deus: Então disse: Não te chamarás
mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e
prevaleceste (Gn 32. 28). Jacó não tinha medo de lutar. Um homem dotado de defeitos como qualquer outro na face da terra. Mas,
igual a ele, poucos. Ele queria ser abençoado por Deus pelo renovo de sua
trajetória de vida. A luta não foi um ato de prepotência, de arrogância
querendo mostrar a sua força física. A luta era por saber que tinha alguém
acima Dele, e que deveria ser buscado custe o que custar.
A luta de Jacó com Deus, é a
expressão da luta da carne contra o Espírito Santo que é Deus. Devemos travar
esta luta interna diariamente com o Senhor. Não deixando prevalecer a nossa
vontade. A luta era com sigo mesmo. A dificuldade em encarar a mudança pelo qual estamos sujeito diariamente.
Você tem Jesus no seu
coração. Amém! Mesmos estando na condição de salvo por Jesus há muitas lutas
diárias que devemos encarar. Você não tem Jesus, busque-o o mais breve possível
para que Ele o assista em suas lutas diárias. Não lutem sem o Senhor. Traga-o para
lutar contigo no dia-a-dia.
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