A visão do homem é limitada para compreender a vontade de Deus.

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Pr. Cacildo Melo

Ao passar, Jesus viu um cego de nascença. Seus discípulos lhe perguntaram: Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego? Disse Jesus: Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele (Jo 9. 1 – 3)

O ser humano sempre teve o fascínio pelo que está em oculto. Neste caso, os discípulos pressupõem a mais forte conexão possível. Esse homem sofria de cegueira; portanto, algum pecado específico seria a causa de tal deficiência visual. Eles achavam que a causa seria os pais, ou, até mesmo o homem vitimado por pecar; tendo como paga para tais atos a cegueira. Os discípulos vêem, mas não enxergam.

Temos que tomar cuidado em querer achar alguma explicação para tudo o que acontece em nossa vida, e, até mesmo na vida de outros. Para tal explicação, somente o Senhor é quem pode dar a resposta como vimos nesta ocasião. Os discípulos, em sua ignorância espiritual, ocorrem a Jesus para entender o por que de tal situação. É assim, que devemos agir.

Jó, é vítima de seus amigos e esposa no momento mais difícil de sua vida. Sendo questionado o seu caráter, a sua dignidade perante o Senhor.

Disse então o Senhor a Satanás: Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, irrepreensível, íntegro, homem que teme a Deus e evita o mal (Jó 1. 8)

A imaturidade espiritual leva-nos a não compreender, e, tampouco aceitar a vontade do Senhor. Sempre queremos achar o culpado, para podermos transferir as nossas frustrações para o mesmo.

Saiu, pois, Satanás da presença do Senhor e afligiu Jó com feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça. Então Jó apanhou um caco de louça com o qual se raspava, sentado entre as cinzas. Então sua mulher lhe disse: Você ainda mantém a sua integridade? Amaldiçoe a Deus, e morra! Ele respondeu: Você fala como uma insensata. Aceitaremos o bem dado por Deus, e não o mal? Em tudo isso Jó não pecou com os lábios (Jó 2. 7 – 10)

A esposa de Jó, é a primeira a questionar a veracidade do amor de Deus em relação ao esposo. Ela observa com os seus olhos, e não compreende a soberania de Deus. Tenho observado muitas famílias que não estão servindo ao Senhor, por não compreenderem o que estão passando, ou, já passaram; e, com isso, abandonam a fé. Podemos afirmar que a esposa de Jó não tinha a mesma comunhão com Deus, como o seu esposo.

Jó tinha três “amigos” que ao saberem a situação em que estava acometido, resolveram fazer uma visita. A princípio, parecem serem espirituais ao ponto de supostamente mostrarem solidariedade e consolo ao pobre e miserável aos olhos deles.

Quando três amigos de Jó, Elifaz, de Temã, Bildade, de Suá, e Zofar, de Naamate, souberam de todos os males que o haviam atingido, saíram, cada um da sua região, e combinaram encontrar-se para mostrar solidariedade a Jó e consolá-lo (Jó 2. 11)

Os três “amigos”, aparentemente, parecia importarem-se com  a dor de Jó.

Quando o viram à distância, mal puderam reconhecê-lo e começaram a chorar em alta voz. Cada um deles rasgou o manto e colocou terra sobre a cabeça. Depois se assentaram no chão com ele, durante sete dias e sete noites. Ninguém lhe disse uma palavra, pois viam como era grande o seu sofrimento (Jó 2. 12, 13)

Em quanto estavam em silêncio, ambos estavam verdadeiramente mostrando solidariedade ao amigo. Infelizmente quando abem a boca, mostraram total insensatez e imaturidade espiritual sobre tal caso. Isso ocorre diariamente com os “supostos amigos”. Os “amigos de Jó”, são pessoas que avaliam a situação puramente através do que enxergam. Devemos ter a visão do Senhor. Visão pela qual, nos faz compreender a situação num todo.

Jó, e o cego de nascença experimentaram a manifestação de Deus em suas vidas. O amor do Criador em meio a diversidade que ocorre na vida de sua criação. Jesus, certa vez ensinou que:

Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? (Mt 6. 26)

As coisas acontecem para glorificar o nome do Senhor. Por isso, Deus usa a criação para que glorifique a Sua pessoa. Nada acontece por acaso. Tudo tem propósito nas mãos do Senhor.

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito (Rm 8. 28)

Todos temos algum propósito para o Senhor. Inclusive glorificá-lo através de nossas vidas é o mais importante. Experimentar a manifestação do Senhor em nossas vidas é outro fator importantíssimo para nós também. Não queira compreender a vontade de Deus em sua vida; ou, até mesmo na vida de outros, pelos olhos carnais. Contemple a soberania do Senhor através dos olhos espirituais.

O homem enxerga somente o que lhe é possível através dos olhos carnais. E Espírito Santo torna a visão humana a deseja por Deus.

Que Deus abençoe sua vida, ampliando a sua visão espiritual.





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