Pré-destinados para Cristo.

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1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, aos santos e fiéis em Cristo Jesus que estão em Éfeso: 2 A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. 3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. 4 Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. 5 Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, 6 para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado. 7 Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus, 8 a qual ele derramou sobre nós com toda a sabedoria e entendimento. 9 E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo, 10 isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos. 11 Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade, 12 a fim de que nós, os que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para o louvor da sua glória. 13 Nele, quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados com o Espírito Santo da promessa, 14 que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória (Ef 1. 1 – 14).


Pr. Cacildo Melo




A palavra santo, não significa que não iremos pecar. Deus nos torna santo, através de Jesus Cristo, para não perecermos a ira vindoura. A palavra santo tem como significado “separado para Deus”. E, no Novo Testamento, através do Espírito de Santificação, “alguém separado para pertencer exclusivamente a Deus”. Paulo traduziu os planos de Deus de uma forma teológica, sendo que, para ele houve uma escolha da parte de Deus, antes mesmo da fundação do mundo.

Quando pecamos, negamos a nossa posição de povo santo, a nossa prática não é condizente com o status de nova criatura. Entre tanto, não deixamos de ser santos (separados para Deus) ao pecarmos, porque a posição de santo não é do ser humano: se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo (II Tm 2. 13).

A prerrogativa de tornar-se santo, é anterior a fundação do mundo. Deus, em sua pré-ciência e desejo de salvar homens, já havia criado a possibilidade de tal situação na vida humana. O homem nasce na condição de separado de Deus: pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Rm 3. 23). Não havendo: Como está escrito: Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus (Rm 3. 10, 11). A pré-destinação é o conhecimento prévio que Deus tem de nossa salvação. Somos pré-destinados para a salvação (separados) para Cristo: que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos (II Tm 1. 9).

O homem por si só não tem a capacidade de buscar a Deus. A sua degradação moral o impede achegar a Ele. Se Deus não tivesse a iniciativa buscar ao que estava perdido, ninguém teria a iniciativa própria de buscá-lo: Como está escrito:Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda;Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis.Não há quem faça o bem, não há nem um só (Rm3. 10, 11, 12).  É garantia fundamental de que um dia olharei a face do meu criador por que Ele me escolheu. E a Ele pertence toda a glória por minha posição em Cristo.

A graça de Deus começa, então, com a afirmação de nossa eleição. No original, essa eleição é para si mesmo. Ele nos elegeu para seus propósitos. Com isso, fomos predestinados para sermos adotados. A palavra “predestinar” significa “destinar com antecipação”, sugerindo uma espécie de seleção: Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou (Rm 8. 29, 30). Na predestinação, há o interesse divino de sermos transformados em imagens de Cristo. Jesus é o Filho por natureza, nós somos filhos por adoção.

No versículo 7, observamos a palavra redenção, significando que Deus eliminou os sinais da nossa escravidão às forças satânicas, ao pecado, a nossa própria carne, ao egoísmo, as forças da Lei e da morte. A redenção contínua, incluindo a remissão e a retirada de toda a nossa culpa. As algemas foram rompidas, e Deus nos ofereceu, em Cristo, a liberdade de filhos: Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai (Rm 8. 15). A qualidade de filhos de Deus, livra o homem da ira vindoura. A ira de Deus permite que o homem se escravize até não haver mais esperança; e também, não é somente para esta vida, estendendo-se para a vida vindoura.

O filho pródigo ao sair de casa, procurando a satisfação pessoal e carnal, tornou-se escravo de tais desejos. A cada momento, ficando mais decaído, cada vez mais desprezado pelos outros e por si mesmo, doente, com fome, quase nu, esperando a morte terrível junto aos porcos, sozinho, na verdadeira miséria. Mas, do outro lado, ao longe, está o pai esperando. Podemos deparar que a ira de Deus, é transbordante de amor, mas, que não atravessa aquela distância até o filho amado, a não ser que o filho amado caia em si, e deseje retornar para a casa. 

A ira de Deus sempre afasta, entrega, permite ao filho ir cada vez mais longe da casa paterna, mas, ao mesmo tempo espera, busca ansiosamente o retorno do filho rebelde. O retorno, sempre existirá, pois, os que estão em Cristo Jesus, já mais serão lançados fora: Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora (Jo 6. 37) . Os erros do filho, não será motivo para não mais retornar a casa do Pai. O filho, nunca será rejeitado pelo Pai. O Pai sempre o amará. Tal amor é fundamentado na justiça. Justiça pela qual, não o eximirá os filhos de sofrerem as consequências pelas suas más escolhas, aqui na terra. Tanto que, a ira vindoura, não alcançará os filhos de Deus. O Pai preparou o melhor para o filho, tanto que, em momento de prodigalidade, o mesmo recobra em sua mente o que era viver na presença, e, na casa do Pai. Jesus disse que a casa do Pai há muitas moradas, uma vez que, Ele foi preparar o lugar para os filhos: Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar (Jo. 14. 2).

A ira vindoura de Deus, é a separação da criatura do Criador. Separação pela qual, será eternamente. Quem sujeitou-se ao Senhorio de Cristo, não experimentará tal separação, estando com o nome no Livro da Vida. Aos que não terão Jesus como o seu Senhor, estará sujeito a separação eterna, o desamparo da alma, por não terem o nome escrito no Livro da Vida: E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo (Ap 20. 15). Sem Cristo, as Escrituras dizem que a morte é certa.

O corpo está morto para o pecado, mas o Espírito é vida, por causa da justiça promovida por Deus, através de Cristo. Cristo é nossa liberdade. Ele é o além do limite da vida humana, a mudança de seu sentido, o surgimento de uma realidade nova e verdadeira.

A igreja de Cristo goza dos efeitos da pré-destinação, da vontade suprema de salvar. Deus em amor e graça, pre-destinou a salvação para a sua igreja. A noiva de Cristo existe, por que o Pai, assim o quis.  Exclusiva vontade do Criador.

Somos predestinados para sermos filhos do Pai (salvação), Propriedade de Cristo (Senhorio), e templo do Espirito Santo (Santidade).


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